Doce sangue
Vermelho e quente
Que me corre nas veias
És antigo
Bem antes de eu nascer
Já existiam vários assim
Quentes e lutadores
Antes de eu nascer
Já um grande poeta fora reconhecido
Um poeta, mais homem
Pois era um poeta humano
Um ser lusitano
Que escrevera “os lusíadas”
E lutara pelo povo lusitano
Doce Sangue desse povo
Sangue que derramou
Não, sem ser preciso ser derramado
Pois nós lusitanos
Lutamos pelo que nos pertence
Pelo que merecemos
E pelo que ama-mos
Coisas que ama-mos
Como um beijo de mãe
Ou como um abraço de pai
Até como
Uma ajuda de um amigo
Povo explorador
Marinheiro de alto mar
Descobridor de terras perdidas
Morrem pelo que lutam
Lutam pelo que amam
E choram pelo que perdem
Terra Lusitana
É uma terra amiga
Protege os que recebe
E ajuda os que já foram seus iguais
Descobertas foram feitas
Por um povo lutador
Que tem como ultimas palavras
O direito e o dever
O direito a amar
E o direito a ser amado
Nem sempre é respeitado
Mas, não existe nenhum lugar
Como nosso lar
Terra de vários povos
Mas um deles
Mostra-se mais que os outros
Pois foi o que mais lutou
E o que mais sangrou
Nestas terras lusitanas
Terras lusitanas
Que pelo povo foram conquistadas.
Povo que navegou
Por mares desconhecidos
Que avançou contra o que não conhecia
E contra o que de certa forma
Temia
Haviam dias negros em alto mar
Vidas perdidas
Recursos perdidos
E acabam por naufragar
Continuaram destemidos
Sem medo de naufragar
Pois sabiam que se naufragassem
Deus os iria ajudar
Ai, povo lusitano
Tanto sofreste pelo que desejaste
Tenho-te em meu corpo
Como minha vida está em vossa mão
Lusitano sangue
Que corre nas minhas veias
Continua correndo
Porque há outros que não o têm