sexta-feira, 8 de junho de 2012

Muitas vezes me perguntam
Onde te vês daqui a 5,10,15 anos ?
Não sei, depende do mundo
Daqui a 5 anos, possivelmente desempregado
A pedir esmola na rua
Talvez, até, morto no meio da lama
Por causa duma estupida guerra ou duas
Até pode ser que na prisão
Roubar para comer é crime
O meu futuro
Como o de todos neste país, e mundo
Está sempre a mudar, ainda mais em tempo de crise
Temos medo de nos apaixonarmos
Somos maus para quem gostamos
E isso acontece a todos
Mesmo no coração mais mole existe maldade
No meu coração
Existe de tudo um pouco
Fúria, paixão, loucura, estupidez…
Tenho medo de falar com quem amo
Medo de ser negado outra vez
Se amei, amei claro
Com todas as minhas forças
Chorei, gritei aos céus
Se me arrependo do passado, arrependo-me
Arrependo-me de ter magoado as pessoas que magoei
Essas pessoas saberão que é para elas se lerem
Fui parvo nessa altura
Mas não me identifico com essa parte de mim
Arrependo-me de não ter estudado
Mas agora não muda nada
Já sei o que me espera
Lamento estar sempre a pedir desculpa
Mas eu sou assim
Porque nunca me perdoo a mim próprio